quarta-feira, julho 19, 2006

Todos os Nomes

Tenho uma dificuldade tremenda para guardar nomes. Lá pela quinta ou sexta vez que ouço o nome da pessoa olhando seu rosto é que vou guardar que aquele(a) é o fulano(a) ou o ciclano(a). Isso já me rendeu embaraços, por certo. O Veríssimo já contou em uma das suas crônicas o aperto por que passamos quando encontramos alguém de quem não lembramos o nome. Não contou, porém, de quando temos que apresentar esse alguém pra outra pessoa. Não contou de quando estamos lá, na mesa do bar, interagindo com alguém de quem não lembramos o nome.

Para essas situações, apresento ações de fácil (ou nem tanto) execução:

a) você sabe que conhece essa pessoa que chegou na mesa de bar que você compartilha com amigos mas não se lembra o nome:

1 - o cínico: "Olha, esses são "o pessoal ", esse é você , se apresentem aí que acho isso uma bruta frescura." Reparem que, grosseiramente, chamamos a pessoa que chegou de "você" e, pelo bizarro da situação, ela nem percebeu.
2 - o educado: "Pô! Que legal te ver, estava aqui tomando uma cerveja com o X e com o Y. Olha! - apontando para o(a) que acaba de chegar - esse(a) aqui é um(a) grande amigo meu." A educação faz o resto...

b) Você está efetivamente interagindo com a pessoa da qual você não lembra o nome, e tenta desesperadamente aliviar a memória.

1 - O grafólogo: Meu! Aprendi um negócio bárbaro! Chama grafologia: você escreve seu nome aqui nesse guardanapo que vou desvendar traços da sua personalidade...
2 - O psico: "Então, vou te pedir um negócio estranho..." - segue-se diálogo pertinente - "Me empresta sua identidade? Sou fissurado em ver foto de identidade..."
Atenção! Não usar com pessoas do sexo oposto por quem se nutre certo interesse. Corre-se o risco de pôr tudo a perder.

3 comentários:

Anônimo disse...

Caro garçom bêbado, comigo se dá o inverso: guardo o nome e só lá pelo terceiro ou quarto encontro é que memorizo as feições da pessoa. Se for homem, não ligo. O triste é quando conheço uma garota maravilhosa e, querendo tecer histórias românticas antes de dormir, não lembro dos olhos que achei profundos, da boca de lábios carnudos, do sorriso que me fazia querer sorrir junto, dos cabelos, enfim. Se marco algo para dali a uma semana, corro o risco de sentar à mesa errada, achar que ela está sendo piadista ao dizer que não me conhece e ainda dar o bolo na garota que eu tinha adorado conhecer na festa. Mas gostei de suas saídas elegantes para situações embaraçosas.
Abraços, Dagoberto Malveiro.

Blogildo disse...

Vou aplicar essas! Sempre esqueço nomes. Mas nunca as pessoas...

Anônimo disse...

Jah esta cliente assídua deste bar compartilha com este garçom preferido o mesmo problema de amnésia relativa a nomes... Não santo que dê jeito em decorar, principalemnte os mais estranhos.
Mas para sair da saia justa, utilizo a tática do educado... sempre dá certo ;)
Mas imagine quando os nomes são de turmas de treinamento... como fazer para identificar quem é quem...
Pelo menos a memória gráfica eu tenho... não esqueço um rosto sequer. :)
Bjos enormes!