Por que um boteco? Bar, boteco, botequim são lugares totalmente democráticos. Discute-se. Briga-se. Chora-se. De vez em quando uma garrafa desafia a gravidade, mas é raro. E se rolar aqui eu expulso, que aqui ninguém vai fazer bagunça, morou? Aqui vale pitaco. Vale pichação. Vale dormir na mesa. Vale chorar e dizer que eu sou seu amigão. Só não pode sentar e não beber nada.
sexta-feira, junho 12, 2015
12 de junho de 2003 - 12 anos de reforma.
Renata achou de ir morar comigo num kitinette na rua Paim faz 12 anos. Parece que foi em outra vida, mas é a mesma, mas é bem melhor hoje.
Rodamos mais de um milhão de quilômetros, somando realidade e sonho.
Falamos um zilhão de línguas, vivas e mortas. Entendemos muito pouco. E um bocado.
Discutimos tapetes, cortinas, lençóis. Transamos um bocado dos últimos. E usamos toalhas depois de tudo.
Trocamos louças e panelas; vieram e foram jogos de chá. Trocamos sofás mais do que qualquer casal na vida já trocou em tão curto espaço de tempo, mas os sofás ainda vivem, alguns na casa de amigos, outros na casa de amigos de amigos.
Sonhamos filhos, filhotes de bichos. Ainda temos planos para todos eles.
Planos, aliás, temos aos montes.
Ainda agora discutíamos onde ia tal quadro, onde ia tal tapete novo. Tudo isso depois de uma reforma cansativa, como são todas as reformas.
Menin@s, entendam: relacionamento não é nada se não se é capaz de fazer planos.
Se a gente não tivesse a capacidade de fazer planos, tinha desistido na primeira noite naquele kitinette apertado na Rua Paim onde, como a Renata mesmo fala, só existia privacidade fechando a porta do banheiro.
Como é incrível estarmos, 12 anos depois, reformando banheiros.
E fazendo planos.
Te amo, Renata!
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