terça-feira, julho 25, 2006

Imagens

Estava contando essa história pra Cris:
Conhecem o Monarca? É um bar que tem na Luís Coelho com a Augusta...que é a mesma esquina do BH, mas é a outra, sacaram? Pois...fui com a Re e a Kellen nesse bar hoje, por a conversa em dia. Lá pelas tantas, reparo que no BH se senta uma moça punk de costas pra nós, sozinha ao lado de uma mesa cheia de caras. Tempos depois, a mesa cheia de caras fica vazia.
Mais tempos depois e na mesa do lado da punk senta - também de costas pra nós - um cara bem, como se dizia nos oitenta, yuppie.
Chamei a atenção da mesa para a cena, era realmente algo plástico...bonito...diferente...e de repente parou um carro na nossa calçada bloqueando a visão. Esquecemos o assunto.
Pagamos a conta, íamos saindo e a Re me chamou a atenção pra onde antes estava sentado só o yuppie. A punk estava sentada com ele. A conversa fluia. Me arrependi de não ter uma câmera pra flagar toda a sequência...


A Cris sentenciou:
"A Punk levada da breca" - piada para o público oitentista.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro garçom, a imagem realmente daria uma boa foto. Mas o que eu queria fotografar mesmo são os demônios que me infestam o corpo e que convivem com seus semelhantes, os anjos. Quando penso que estou no caminho de me tornar um mahatma, pego um atalho e me vejo chupando o pescoço de uma galinha velha. O sangue escorre pelo braço e pinga na havaiana que não solta as tiras. Como podemos ser tão antagônicos? Sei que os políticos também são sujeitos estranhos, dados a comer chouriços, buchadas de bode e outras iguarias em época de eleição. E como beijam e abraçam e dão as mãos. Vendo-os ninguém seria capaz de dizer: - aquele é um canalha! Até diriam, se fosse um canalha antigo. Mesmo assim, tenho minhas dúvidas. Já ficou próximo de um canalha? Frente a frente? Quando percebemos, ele já nos tomou nos braços ou apanhou nossas mãos. O canalha não pensa no gesto. Tudo acontece com a rapidez do vento. Também eu estou habitado por verdadeiros canalhas. É uma briga mansa, que só me fere uma ou outra vez. Mas não sei o que faria sem alguns demônios. Ai de mim, que não me arrependo de certas canalhices!
Abraços e tenha piedade, Dagoberto Malveiro.

Leo Carvalho disse...

Prezado senhor Dagoberto...essa discussão rende algumas cervejas.
Aguardo sugestão de quando e onde.