segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Um dia na pastorlândia.

Acordei cedo como fazia tempo que não era habitual. A instrução era aparecer na Record às 9 horas da madrugada, o que consegui sem maiores problemas.
Todas as segundas-feiras o processo se repete, me disse a representante do RH: entram funcionários para ocupar vários cargos diferentes. Todos se reúnem no auditorio para ouvir a mesma prelação.
O representante do corpo de bombeiros nos explica sobre a importância de chamá-los diante de qualquer emergência. E nos entraga um livreto.
O representante do CIPA (Comitê Interno para Prevenção de Acidentes) nos divulga a importância de manter um ambiente de trabalho livre de riscos de acidentes. E nos entrega uma brochura.
São seguidos pela representante do RH que nos dá instruções sobre o funcionamento da empresa. E nos entrega uma pasta com folhetos e mais brochuras.
Seguida por um representante da associação de funcionários que após sua exposição nos entrega uma série de folhetos apresentando as vantagens de deitar 0,5% do salário em prol da entidade.
Recebemos crachás eletrônicos e tiramos fotos para as capas dos mesmos. Aprendemos que para entrar, devemos encostá-los no relógio ponto digitando uma sequencia numérica para entrar e outra para sair.
Não estou sendo irônico. É a primeira empresa em que trabalho onde essas coisas são levadas realmente a sério. Foi uma boa primeira impressão.

Fomos levados pela representanta do RH para um passeio pela empresa. Num labirinto de corredores líamos placas que diziam "Departamento de cinema", "Negócios Internacionais", "Tecnologia da Informação" e outras. Demos de cara com um estúdio a pleno vapor onde uma multidão de garotas em fila aguardava sua vez de entrar em cena. Algumas, dentro do estúdio, ensaiavam passos de dança. Do lado de fora, homens com jaquetas de clubes de motociclismo se apoiavam em Harley-Davidsons e aguardavam sua deixa, enquanto suas motos eram montadas por moças em trajes mínimos. Caos organizado.

Finalmente fomos encaminhados aos nossos departamentos. Descobri que ia trabalhar com uma das garotas presentes (não das que estavam montadas nas motos) e um cara de Curitiba, que teve transferência para a SuperCap.

A coordenadora do nosso setor nos deixou sob responsabilidade de uma estagiária mais experiente que nos levou a uma série de departamentos, despejando informações complexas sobre fitas e a complexa rede formada pelo fluxo destas fitas. As fitas, entendi, são o coração de qualquer produção televisiva.

No fim de tudo, fui apresentado ao responsável pela área onde estarei efetivamente estagiando, dentro do setor onde estou. Dele sairão minhas principais atribuições.

Exatamente às 15horas, hora em que se encerra meu expediente de estagiário, fui dispensado. Testo o ponto com o cartão que recebi. Funciona perfeitamente. Sou informado que o meu expediente, à princípio, comecará às 10h30, terminando às 16h30. Não posso pedir mais para um começo de carreira. Não mesmo.

2 comentários:

Luísa disse...

Deve ser surreal trabalhar num lugar onde as pessoas aparecem "fantasiadas" o tempo todo. Parabéns, Leo. Beijo e bom início pro cê.

Anônimo disse...

Parabens filho, ainda leremos aqui que seu crachá foi trocado tantas vezes quantos serão os degraus que voce subirá.

Beijos da sua familia.