segunda-feira, setembro 11, 2006

Feriado


Feriadão! Sexta-feira enforcada graças a duras negociações na empresa. Tempo de ficar de papo pro ar, curtindo umas e outras e jogando conversa fora, certo? Errado. Em Bertioga, na casa do sogrão, ficar de papo pro ar é coisa para se fazer nos dias de chuva, onde não resta outra possibilidade. Não me queixo. Esse corpinho com forma de gota que ostento andava demandando atividades físicas diferentes do levantamento de copo e do arremesso de amendoim (medalha de prata nos jogos de boteco de Porto Alegre em 1997).
A atividade se prenunciava simples: um passeio a uma cidade perdida no pé da serra. Esta, construída em 1910 (ano de fundação da usina hidrelétrica que a inspirou) escondia, além do charme das construções inglesas, uma ou outra corredeira estrategicamente disposta, alvos das nossas pretensões.
Para chegar à vila duas opções, um trem que subia a serra ou um barco que obviamente subia um rio. Fomos de barco, já que o trem já estava ocupado pelos mais experientes do grupo.
Passeio bacana. Mesmo. Me empolguei. Quem sabe dessa vez não haveria nenhum contratempo. Nenhuma caminhada sobre um campo de espinhosas ou sobre pedras que queimavam ao sol do meio dia. Ia por essas quando o motor parou. Parou por que? Porque, devido à maré baixa, o leito do rio não comportava a passagem do barco carregado com 8 passageiros. Desceriam os homens, e empurrariam o barco. Pensei em afinar a voz, ou imitar choro infantil, mas era tarde. Já requisitavam minha presença na popa.
Saímos da situação e seguimos viagem por mais 2 ou 3 minutos quando chegamos ao local de ancoragem e aí começa o suplício.
Como falei, a maré estava baixa, e não estava para peixe. O local de ancoragem estava a 8 ou 10 metros de onde paramos com o barco. Esses 8 ou 10 metros eram preenchidos por lama do mangue. A lama do mangue seria algo como um outro estado da água, entre o sólido e o líquido, e tende a recolher no seu interior os incautos que se aventuram a pisá-la. Gordos incautos aceleram o processo pelo excesso de tecido adiposo. Não sou incauto, mas a foto ao lado é o resultado da aventura. O tanque é cortesia do 'seu' Ulisses, morador local.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, até que foi bem divertido, hein?
Beijocas.