domingo, janeiro 08, 2006

Das Férias, parte 1

Voltamos, Rê e eu, na madrugada de sábado num avião da Tam que mais parecia um ônibus de tão anárquico. Havia uns 10 casais de pernambucanos de meia-idade agindo como adolescentes em cinema. Piadinhas sacanas, berros atravessando corredores, risadinhas, e o ápice: um deles arremesou uma daquelas embalagens pequenas de geléia, que distribuíram na parca refeição aérea que as comissárias chamaram de café-da-manhã, ao outro lado do corredor, atingindo a Rê na cabeça. O olhar da Rê ao "putz, desculpa" do cidadão poderia derreter uma geleira. Imaginei a geléia voltando na cabeça do cidadão atingindo o seu olho e causando uma hemorragia...pânico e caos instalados. Havia também o casal que tinha comprado assentos juntos mas foi separado pelo corredor (como aliás estávamos nós dois). A insistência do cidadão foi irritante. Toda comissária que passava era cutucada por ele e ouvia a mesma cantilena. Enfim, um vôo super-tranquilo e rotineiro.
Chegamos de madrugada e procuramos um táxi que c0m um sorriso realmente sincero nos informou que a corrida para a Frei Caneca ficaria em torno de 74 paus. Protestamos. O sorriso não se desfez enquanto ele perguntava se nós íamos ou não e se afastava. Tem algo de muito errado nesse monopólio da Coperativa de Táxis que atende o aeroporto de Guarulhos. Optamos pelo ônibus aquele, o Airport Service. Quarenta minutos de viagem ouvindo roncos e um celular que não parava de tocar. Mas chegamos, vivos e bem. E nas análises feitas até o momento não demos falta de nenhum orgão importante.

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